sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Vida de michê: documentário aborda a prostituição em Florianópolis

Trabalho revela detalhes sobre a atividade nas ruas do Centro da cidade

A prostituição masculina cada vez mais freqüente nos grandes centros não passa despercebida em Florianópolis onde muitos homens praticam esse tipo de atividade. A acadêmica Louise Vieira do Curso de Jornalismo da Faculdade Estácio de Sá de Santa Catarina produziu um documentário em rádio que tem como o título “Vida de Michê – A prostituição em Florianópolis”. Louise revela o estilo de vida dos garotos de programa e apresenta opiniões de um conjunto de estudiosos sobre o tema. O termo michê significa o ato de se prostituir e é em geral utilizado para denominar os jovens que atuam nas ruas.

O Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) aborda a realidade destes profissionais do sexo. O documentário coloca em questão a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, o uso de drogas, a violência, a discriminação, além da sexualidade dos michês que se relacionam com outros homens: heterossexuais ou homossexuais?

Também trata dos motivos que os levam a essa condição, que podem ser enumerados, por exemplo, como: falta de instrução e condições dignas de sobrevivência, ou carências afetivas e traumas psicológicos. Porém alguns estão na profissão não só pelo apelo financeiro, mas pelo aspecto prazeroso.

A prostituição, desaprovada pela sociedade, é alvo de grande descriminação. A maioria dos jovens entrevistados sofre preconceito da família, amigos e até mesmo dos próprios parceiros, sentindo vergonha quando descobertos como garotos de programa. Alguns admitem fazer sexo com homens apenas pelo profissionalismo e não se consideram homossexuais.

Os garotos entrevistados mostraram não ter uma perspectiva de vida, pois apesar de alguns possuírem formação profissional, é na prostituição que garantem seu sustento.

As entrevistas foram realizadas nas ruas da Capital, nos meses de setembro e outubro após a meia noite, pois é esse o horário que inicia a atividade dos michês. Muitos se negaram a falar e desconfiavam que fosse registrado algum tipo de imagem. Por isso, houve muita perseverança da acadêmica Louise para conseguir concluir o trabalho.

Todos os nomes são fictícios, já que eles não usam os seus próprios nomes para exercerem essa atividade de comércio sexual.

Conforme Louise Vieira “foi uma experiência gratificante e ao mesmo tempo desafiadora, pois em primeiro plano foi preciso ganhar a confiança dos garotos, mostrando a importância e seriedade do documentário para levar informações da forma mais fidedigna possível à sociedade sobre o mundo da prostituição masculina”.

Confira abaixo o programa de rádio "Vida de Michê – A prostituição em Florianópolis"

Um dos radialistas mais antigos de Santa Catarina ganha documentário

Souza Miranda

A vida e a obra de Osvaldo Souza Miranda, um dos mais antigos radialistas em Santa Catarina ainda em atividade. Este é o tema do Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo dos acadêmicos Alexandre Rosa e Fabiano Peres, ligados à a Faculdade Estácio de Sá de Santa Catarina, em São José, na Grande Florianópolis.
Alexandre é radialista há 10 anos, e hoje trabalha na Rádio Cultura AM. Fabiano é diagramador, no jornal Diário Catarinense, e ambos sempre nutriram uma paixão especial pelo rádio como meio de comunicação de massa.

Depois de várias ideias e projetos, os estudantes decidiram homenagear Souza Miranda, que há 66 anos empresta de forma ininterrupta seu profissionalismo, sua simpatia e sua voz grave à apresentação de programas nas rádios catarinenses. Atualmente, ele atua na Rádio Mais Alegria AM.

Sobre o Souza Miranda

Ele pode ser considerado daquelas pessoas que nascem com talento para determinada atividade. Osvaldo de Souza Miranda nasceu para ser locutor de Rádio. Menino, ainda, exibia uma voz forte, bem modulada e diferente de seus amigos de infância.

Miranda aos 16 anos de idade começou sua carreira de radialista na cidade de Paranaguá (PR), onde enfrentou pela primeira vez o microfone da Rádio Difusora, a terceira emissora criada no estado, em 1944.
Foi um dos mais festejados locutores de sua época, atuando como noticiarista, apresentador de programas, figurando entre os mais conceituados profissionais do microfone.

RDM

O jovem locutor chega à capital catarinense em novembro de 1954, a convite do amigo Francisco Mascarenhas que cuidava da instalação da Rádio Diário da Manhã, hoje CBN Diário. Apesar da amizade e do bom salário que deveria ganhar, Miranda não se entusiasmou com a pacata cidade que além de pequena sofria com a precariedade do fornecimento de energia elétrica e com a timidez de sua vida diária. O choque era muito grande, pois ele deixara atrás a vibração da vida noturna de São Paulo e o charme de trabalhar na Rádio Tupy, então líder das Emissoras Associadas de Assis Chateaubriant.

Mascarenhas, bom argumentador convence Miranda a permanecer até a inauguração da emissora que estava prevista para 31 de janeiro de 1954. Foram dois meses de tédio para o inquieto Souza Miranda que só aliviava o enfado e o vazio dos dias quentes do final da primavera descansando no hotel ou tomando uma cervejinha enquanto acompanhava o crepúsculo do já abatido Miramar. A noite, sempre havia a compensação de uma boa companhia nas boates da cidade.

Inauguração

Finalmente chega o dia da inauguração da Rádio Diário da Manhã. Foi um alvoroço desde as primeiras horas da manhã. A emissora estava no ar em caráter experimental desde os primeiros dias de dezembro e não poupava avisos anunciando a programação inaugural prevista para começar às 20 horas do dia 31 de janeiro de 1955, com a apresentação de um recital de musicas lírica e clássica. Para finalizar, a interpretação do Hino de Santa Catarina por um coral em homenagem ao "doutor" Irineu Bornhausen, governador do Estado e proprietário da emissora.

Às 20 horas, terminada a transmissão da Voz do Brasil, o operador aciona o gongo três vezes, gira a alavanca de liga o microfone do palco-auditório no primeiro andar do prédio número 11 da Praça XV de Novembro e soa nos alto-falantes internos e nos receptores de milhares de ouvintes a voz clara e sonora do primeiro locutor oficial da emissora: “Boa noite senhoras e senhores. A Rádio Diário da Manhã de Florianópolis, transmitindo em ondas médias, na freqüência de 1010 khertz, passa a falar diretamente de seu palco auditório para transmitir a solenidade de inauguração desta emissora. Para anunciar a programação, convidamos o diretor da Rádio Diário da Manhã, Francisco Mascarenhas”.

No dia seguinte, não dava outro assunto nos comentários da cidade: o som maravilhoso da emissora e o locutor perfeito que viera de São Paulo para conquistar a audiência de Florianópolis. Isto, sem falar, nos corações que arrebatava até que chegasse sua hora de se apaixonar por uma Catarina, com quem veio a se casar e a ter os filhos Claudionir Miranda e Soraia Miranda.

Confira abaixo o programa “Nas Ondas do Rádio com Souza Miranda ”:

Musculação é tema de TCC

O aluno de Jornalismo, Ramon Dutra, da Faculdade Estácio de Sá de Santa Catarina, realizou como Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) o documentário em rádio “A Prática da Musculação – Um Retrato Atual da Atividade Física”. O documentário aborda a rotina de quem pratica musculação regularmente e dos professores dessa atividade.
Os exercícios físicos, os resultados positivos para a saúde, a importância de bons pofissionais da educação física nas academias e a rotina de alimentação de seus praticantes também são tópicos aprofundados no TCC. Tudo isso apoiado em opiniões de nutricionistas, fisioterapeutas e profissionais da área de educação física.

A musculação se tornou popular no Brasil em meados da década de 1980, atrelada ao surgimento de um grande número de academias nos principais centros populacionais do país, e do desejo de jovens em obter beleza estética semelhante a que era veiculada pelo cinema, principalmente o norte-americano, e a televisão.

Esse parametro sofreu alteração nas décadas seguintes. Foi a partir da metade dos anos 1990 que, atrelada a estudos de profissionais da área da sáude, que a musculação começou a se popularizar entre o grande público interessado em condicionamento físico. Na primeira década dos anos 2000 as mulheres, visando emagrecimento e ganho de massa magra, e os idosos, interessados na prevenção de doenças ósseas, procuraram em maior número a musculação.

Confira abaixo o programa de rádio “A Prática da Musculação – Um Retrato Atual da Atividade Física”:

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

DIÁLOGOS COM A CIDADE

Pesquisas. Professor e jornalista Ricardo Medeiros:
legado cultural em TCC’s



Entrevista concedida ao jornalista Carlos Damião, do Jornal Notícias do Dia, de Florianópolis: 4 e5/12/10

DIÁLOGOS COM A CIDADE

O jornalista Ricardo Medeiros é um pesquisador e professor incansável na defesa da cultura local e regional. Lecionando na Faculdade Estácio de Sá, curso de Jornalismo, desde 2005, ele e outros colegas têm estimulado os alunos à produção de TCC’s (Trabalhos de Conclusão de Curso) que resgatam importantes personagens e situações relacionadas à comunicação e às atividades culturais. O conjunto de TCC’s, produzido por uma novíssima geração de jornalistas, representa um painel importante para a preservação de nossa memória. Dialogamos com Ricardo Medeiros sobre essa trajetória. Confira:

Notícias do Dia – Como surgiu a ideia de estimular alunos a pesquisas sobre nossa cultura e comunicação?

Ricardo Medeiros – Vivemos num país de história oral. Mas a maioria esquece que somos efêmeros. Precisamos cada vez mais de documentos escritos, relatos em áudio ou em vídeo sobre o comportamento, tradições e cotidiano de nossa gente.

ND – Por que a Estácio dá esse exemplo, privilegiando TCC’s sobre temas locais?

Ricardo – A Coordenação do Curso de Jornalismo e os professores fizeram um pacto: o de valorizar o que está perto da gente.

ND – Quantos TCC’s desse tipo já foram apresentados?

Ricardo – Nos últimos cinco anos, mais de 20 trabalhos.

ND – Esses trabalhos ficam disponíveis para pesquisas? Vão para web?

Ricardo – Pela internet, duas frentes dão apoio na divulgação dos trabalhos: a Associação Catarinense de Emissoras de Rádio e Televisão (Acaert) e o site Caros Ouvintes.

ND – Você nota que os alunos se empolgam com os trabalhos? Nesta semana (dia 10) haverá apresentação de um TCC sobre Beto Stodieck. Que outros você destaca como relevantes?

Ricardo – Eu só aceito ser orientador de alunos que se apaixonam pelo tema que será desenvolvido. Em rádio, destaco os trabalhos a respeito da Protegidos da Princesa, Teatro Adolpho Mello, Curió e as trajetórias do jornalista Manoel de Menezes e do radialista Souza Miranda. Em vídeo, vale citar os TCC’s sobre a Nega Tide (co-orientação), Nego Quirido e a Embaixada Copa Lord.

ND – Além de lecionar, você também tem várias obras de referência sobre a comunicação. Quais são essas obras?

Ricardo – Dramas no Rádio: A Radionovela em Florianópolis nas Décadas de 50 e 60; História do Rádio em Santa Catarina; Zininho – Uma canção para Florianópolis; Caros Ouvintes: os 60 anos do rádio em Florianópolis; CBN Diário: Uma Luz no Apagão; O que é Radioteatro; No Tempo da Sessão das Moças.



http://migreme.net/xjc

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Socorrista, a desafiadora missão de salvar vidas*

Tiago, Rosemeri e Mariana
O trabalho é em um turno de 24 horas sem interrupção. Para desenvolvê-lo é necessário coragem, agilidade, determinação, responsabilidade, cursos de especialização, passar por provas emocionais desafiadoras a cada hora do dia e, sobretudo, amor ao próximo. Assim é a vida de um socorrista.

Um documentário em rádio sobre este assunto foi desenvolvido na Faculdade Estácio de Sá de Santa Catarina, por meio dos alunos de Jornalismo Tiago Rocha, Rosemeri Bordignon e Mariana Loreto Pinho.

Desde criança muitos dos socorristas sentiam uma compulsão inexplicável em estar à disposição do resgate
de pessoas em risco. Assim como a maioria das escolhas profissionais, a deles também é feita pela vocação.
Para esses guardiões da vida, a realização profissional está em poder ajudar o próximo. A rotina de um
socorrista o coloca todos os dias frente a situações trágicas que exige um alto controle emocional. Seja qual
for o socorro, um acidente de trânsito, uma complicação médica e até mesmo resgatar animais de estimação.
Em qualquer caso está lá um socorrista.

Conviver com a vida e a morte ao mesmo tempo é uma realidade constante para estes profissionais. Alguns
aprenderam a encarar com naturalidade e não se deixam abater pela perda de uma vida, porém para outros a sensação de dar adeus a alguém é um momento difícil de ser encarado.

Dedicação em tempo integral. Nos momentos de folga a mente está ligada aos acontecimentos. Nos
momentos difíceis eles são deslocados e prestam atendimento sem exitar. Por terra, pela água ou pelo ar,
estes corajosos profissionais têm por único objetivo lutar pela vida e pela integridade física de qualquer
pessoa em situação de perigo. Apesar de todas as dificuldades, mas absolutamente conscientes de sua
missão, os socorristas seguem cada vez mais engajados na corajosa luta pela vida.

Todo este empenho não se resume apenas ao socorro e ao resgate de pacientes e vítimas, todos os dias eles
arriscam suas próprias vidas para salvar outras em risco. Isso sem falar da dura rotina de ter que encarar ruas congestionadas, hospitais lotados, equipamentos nem sempre a altura do que exige o atendimento.

Militares ou voluntários, veteranos ou iniciantes, todos, sem exceção, escolheram a profissão movidos por
um sentimento que somente eles entendem. Um sentimento de que a cada jornada cumprida e a cada vítima resgatada se cumpre muito mais do que uma simples tarefa profissional. Acima de tudo se realiza um ato de ajuda ao próximo que supera em importância qualquer manifestação humana.

Socorrista, mais do que uma profissão, um gesto de humanidade e solidariedade.

*Texto de Rosemeri Bordignon e Tiago Rocha

Confira o programa:

Stand-up Comedy: Comédias da Vida Privada*

Thaiz, Felipe e Karin
Os acadêmicos de jornalismo Felipe Alves, Karin Barros e Thaiz Didoné decidiram apostar em um tema relativamente novo para produzir um documentário de rádio: o stand-up comedy. Muito se fala, mas pouco se sabe sobre este tipo de humor, até porque o material de pesquisa é muito escasso tanto no Brasil quanto em Santa Catarina. O trio pertence à quarta fase do Curso de Jornalismo da Faculdade Estácio de Sá (SC).

O programa Stand-up Comedy: Comédias da Vida Privada é uma clara referência ao livro de 1992 do escritor gaúcho Luis Fernando Verissimo, Comédias da Vida Privada. O livro de Verissimo é uma série de crônicas que retratam de forma cômica cenas do dia-a-dia do povo, e é exatamente isso que faz o stand-up comedy, recria, com bom-humor, cenas do cotidiano da população.

O stand-up é aquele tipo de espetáculo onde o ator se apresenta no palco sem figurino, maquiagem, efeitos especiais e cenário. Ou seja, são basicamente três elementos que compõem a peça: o palco, um microfone e o ator.

Explicações são feitas através de entrevistas realizadas com os atores de Santa Catarina, Malcon Bauer e WMarcão, e também com Diogo Portugal, que se apresenta em Florianópolis todo mês com o espetáculo Senta Para Rir – uma derivação do stand-up clássico.

Malcon é ator de uma das peças que mais faz sucesso no Estado, o Teatro de Quinta, uma mistura de stand-up comedy com personagens, tendo como inspiração o paulistano Terça Insana.
WMarcão é professor de matemática em ensino médio e cursos pré-vestibulares e utiliza suas observações diárias para arrancas risos da plateia.

Uma professora de teatro dá mais detalhes dos conceitos do stand-up, uma atriz que faz teatro de comédia conta porque não se sente a vontade para se aventurar no stand-up, uma psicóloga fala da importância do humor na vida das pessoas e um espectadora aponta o que a leva a gostar de stand-up.

Apesar do tema ser leve, os alunos procuraram dar um viés expositivo do tema, explicando o que é o stand-up, suas dificuldades, conceitos e o porquê deste tipo de humor ter se tornado tão popular nos últimos anos.
* Texto de Felipe Alves

Confira o programa:

sábado, 20 de novembro de 2010

Manifestação do Dia da Consciência Negra


Estive neste sábado, 20 de Novembro, Dia da Consciência Negra, marchando, cantando, dançando, protestando, em minha bela cidade: Florianópolis. É que havíamos na capital catarinense um feriado previsto para esta data. Seria um momento para refletirmos a respeitodas relações raciais no Brasil, um país tão grande e tão desigual.

Mas não houve feriado. O Sindicato do Comércio Varejista entrou com pedido de liminar para suspender a lei municipal 8.046/2009, oriunda de um projeto de lei do vereador Márcio de Souza. O pedido foi acatado pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina. Foi ultrajante, uma injustiça contra a história de lutas dos africanos e seus descendentes.

O Dia Nacional da Consciência Negra é uma homenagem ao herói nacional Zumbi dos Palmares, morto em combate, em 1695. Ele dedicou sua vida à luta contra a escravidão, o racismo, o preconceito e a discriminação.

Valeu Zumbi!

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

A escolinha do professor Heródoto

Acompanhe a Charge do Jornal, uma produção da CBN.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Maria Alice dublando A Branca de Neve

Maria Alice Barreto: calou-se a voz da Branca de Neve



Neste vídeo filha e neta dão depoimento sobre Maria Alice Barreto.

A voz da Branca de Neve calou-se no fim da tarde de ontem, terça-feira (28/09/10). Maria Alice Barreto morreu em Florianópolis, aos 78 anos de idade, vítima de falência múltipla dos órgãos. Como atriz de rádio, ela iniciou a carreira nas emissoras Guarujá e Diário da Manhã, na capital catarinense. Na segunda metade dos anos 50 foi para o Rio de Janeiro, onde integrou a equipe de radioteatro da Rádio Nacional. Maria Alice emprestou sua voz a diversos personagens como os da secretária, do seriado O Anjo, e de Aninha em Jerônimo - o herói do sertão. No campo da dublagem de desenho animado, além de interpretar a Branca de Neve, deu voz á princesa Aurora em a Bela Adormecida, e a cadela Prenda em 101 Dálmatas. Maria Alice Barreto tinha uma única filha, Miriam Barreto, que lhe deu os netos Louise e Leonardo. Era irmã de Alexandrino Barreto Neto e de Marina Barreto Cavallazzi.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Homenagem

Confira uma homenagem à Maria Alice Barreto, que morreu nesta terça-feira: http://migreme.net/pdb.

Morre a atriz de radioteatro Maria Alice Barreto

O velório da radioatriz Maria Alice Barreto está ocorrendo, desde às 21h30, na Capela B do Cemitério São Francisco de Assis, em Itacorubi, Florianópolis. Ela faleceu no final desta tarde vítima de falência múltipla dos órgãos. O enterro será nesta quarta-feira (29), às 11 horas da manhã.

Maria Alice Barreto, que fez muito sucesso nas emissoras de rádios de Florianópolis e na Rádio Nacional do Rio de Janeiro, havia ficado internada 20 dias na UTI do Hospital Celso Ramos. A sua saúde, já debilitada, havia piorado após ter quebrado o fêmur da perna esquerda, que é o osso mais longo do corpo, localizado na coxa.

Florianopolitana, a atriz tinha completado, no dia 12 de setembro, 78 anos. Possuía apenas uma filha, Miriam Barreto Trigo da Silva, que lhe deu os netos Loise e Leonardo. Por decisão própria, morava sozinha num prédio da Rua dos Ilhéus, no coração da cidade. Muito independente, conforme o vizinho, o jornalista Marcos Cardoso, “ela não queria ninguém cuidando dela e nem morar com a filha casada e netos”.


Carreira

Maria Alice Barreto entrou no mundo do radioteatro em 1946, aos 14 anos , época em que era fã das novelas da Rádio Difusora de São Paulo. De tanto insistir, sua mãe lhe arranjou um teste na Guarujá de Florianópolis. Sob os olhares de Gustavo Neves Filho, autor de novelas, leu um texto no ar e foi aprovada. Entre 1949-1950, já estava ensaiando para participar da primeira novela da emissora. Em Nuvem Negra em Céu Azul deveria interpretar o papel de uma criada, porém, no final dos ensaios foi designada para fazer o papel principal. “Na verdade nunca fiz ponta”, confessou. “Sempre fiz papel principal”. Na Guarujá ficou por cerca de cinco anos, onde fez também A Hora Infantil, substituindo o ator Pituca .

Neste período, tomou a iniciativa de escrever várias cartas para Otto Lara Resende, redator-chefe da Revista Manchete, na ainda capital federal. Queria a todo custo fazer carreira fora do estado. Mas Otto rebatia as missivas dizendo que ela não teria chances de emplacar no elenco carioca, ainda mais na Nacional, alvo da radioatriz.

Depois da Guarujá, Maria Alice foi para a Diário da Manhã, atual CBN Diário, onde ficou por cerca de 6 meses. A passagem meteórica pela RDM tinha uma explicação, pois a contragosto da família, ela resolveu, junto com uma irmã, embarcar para o Rio batendo à porta do redator da Manchete. Lá chegando, a especialíssima em papel de moça ingênua e voz de criança, insistiu para que Lara Resende a recomendasse para algumas emissoras. “Pelo menos para fazer teste”, disse ela.

Assim sendo, encenou esquetes na Nacional e na Mayrink Veiga. Passou nas duas. “Mas claro que eu optei pela Nacional, na época a maior rádio do Brasil ”. Esse teste na Nacional aconteceu em 15 de novembro de 1955. Na “poderosa” trabalhou com os autores Dias Gomes, Janete Clair, Oduvaldo Vianna, Giusepe Ghiarone , Mário Lago, Moysés Weltman e Álvaro Aguiar.

O papel de Aninha

Um dos papéis lembrados por Maria Alice é o da secretária de O Anjo, um milionário bonitão pronto para prender os malfeitores. Mas a personagem que a imortalizou no radioteatro da Nacional foi a Aninha, a namorada do mocinho em Jerônimo, o Herói do Sertão. Neste seriado, feito par atingir o público masculino, Mílton Rangel fazia o papel de Jerônimo e Cahuê Filho, o de moleque Saci.

Na Nacional, Maria Alice ficou até 1965. Depois fez trabalhos na Rádio Globo, como A Vida de Cada Um, e na Rádio MEC, no Projeto Minerva. No cinema se destacou na dublagem, em 1958, de A Bela Adormecida. Neste tipo de atividade ficou até 1978.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Show Bar da Noite


"O "Coisas de Maria e João" fica em Sambaqui e é hoje o lugar com a melhor programação cultural da cidade, indiscutivelmente! O show "Bar da Noite" foi concebido p/ homenagear a 'Época de Ouro' das rádios em Florianópolis e pretende fazer uma releitura de um dos programas transmitidos pela Rádio Diário da Manhã nas décadas de 50 e 60 e que perfazia um 'piano-bar imaginário', onde a música era ao vivo, com a cantora Neide Mariarrosa como crooner, o pianista Aldo Gonzada e os melhores músicos, locutores e radialistas da época. "Bar da Noite" era produzido por Zininho. No repertório do "Bar da Noite", músicas da época: Ary Barroso, Noel Rosa, Cartola, Lupcínio Rodrigues, Caymmi, Dolores Duran, Tom, Vinícius e Zininho, claro! Será uma noite especialíssima.. Apareçam por lá!" (texto de Cláudia Barbosa, filha de Cláudio Alvim Barbosa, o poeta Zininho)

Hora : sexta às 22h / sábado às 17h

Localização: Estrada Geral de Sambaqui, nº 1172

 Fone: (48) 3209-9562


Confiram um vídeo super legal em: http://migreme.net/m4f

Crack

Jornal: Notícias do Dia
Data: 07/09/2010
Cidade: Florianópolis
Editoria: Estado
Página: 19


Coluna Cacau Menezes

Jornal: Diário Catarinense
Data: 07/09/2010
Cidade: Florianópolis
Coluna: Cacau Menezes
Página: 31



Coluna Ponto Final

Jornal: Notícias do Dia
Data: 07/09/2010
Cidade: Florianópolis
Coluna: ponto Final
Colunista: Carlos Damião
Página: 27


segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Documentário sobre crack ganha Prêmio Unimed

Crack: perdas e danos foi o documentário de rádio vencedor do Prêmio de Jornalismo da Unimed, seção Santa Catarina, na categoria Destaque Acadêmico. O Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) foi produzido por Eliezer Camargo Alves, aluno da Faculdade Estácio de Sá (SC), sob orientação do professor Ricardo Medeiros. Em sua nona edição, o prêmio busca valorizar e estimular o tema Saúde na pauta dos veículos catarinenses e na área acadêmica.


O documentário Crack: perdas e danos narra histórias de dependentes em recuperação e como é o processo de tratamento. Aborda também as questões sociais que envolvem o tráfico e consumo da droga, bem como a origem e como o crack é feito. Mostra ainda que é possível livrar-se do vício, reconstruir a família e viver em abstinência. Além dos relatos dos adictos, foram ouvidos especialistas para esclarecer os aspectos científicos da dependência química.



Conforme Eliezer Camargo, tanto entre usuários quanto entre os médicos, a opinião é unânime: o crack é a pior das drogas já criadas. “Os danos causados pelo uso da pedra são irreparáveis, pois além de destruir a saúde e as relações sociais, estimula a violência e a criminalidade”, observa.



As formas de tratamento são variadas, porém poucas têm sucesso. A pedra, feita a partir da folha de coca, do arbusto Erythroxylum coca Lamarck, pode viciar o indivíduo logo no primeiro contato. Fumado em cachimbos improvisados ou misturado ao cigarro de maconha, causa dependência grave e escraviza crianças, jovens e adultos. Também não escolhe classe social e ultrapassa todas as barreiras culturais ou econômicas. É comum pessoas bem sucedidas serem vistas comprando ou consumindo a droga ao lado de moradores de rua.



O documentário descreve por meio de entrevistas, a triste realidade de dependentes que, em função do vício, perderam a dignidade, o caráter e a esperança. Passaram a viver longe do círculo familiar e sem as mínimas condições de conforto ou higiene. Faziam qualquer coisa para conseguir mais uma tragada. Quem escapou da prisão ou da morte tenta um recomeço longe da pedra cruel e avassaladora. Lutam para reconquistar o que perderam em um tratamento sem data para terminar.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

No tempo da sessão das moças vai para segunda edição


« O meu livro, No Tempo da Sessão das Moças », já está em sua segunda edição.  O selo é da Editora Insular. Trata-se de uma obra que aborda as diversas modalidades de lazer e entretenimento na capital catarinense nos anos 1960, como o cinema, passeios, praia, bares, clubes, zonas de meretrício, leitura de jornais e revistas e audição de rádio. Os interessados podem entrar em contato comigo pelo e-mail: ricardo.leantrodemedeiros@gmail.com ou pelo telefone: (48) 8411-0911.

terça-feira, 8 de junho de 2010

O desafio de Ortiz

Edmílson Ortiz   (foto ao lado) seguiu para a Copa do Mundo da Àfrica do Sul como um profissional multifuncional, multifacetado.Terá o papel , pela RBS, por exemplo, de filmar e editar as matérias de televisão que serão veiculadas em Santa Catarina e Rio Grande do Sul. 

“Você está preparado?”, surge a questão em um bate papo promovido, no dia 31 de maio, pela Casa do Jornalista, Sindicato das Emissoras de Rádio e Televisão (SC), Associação dos Cronistas Esportivos de Santa Catarina e Faculdade Estácio de Sá. “Apesar do meu excelente treinamento, nunca estamos totalmente preparados. Estamos nos preparando sempre, a cada momento”, disse.

Natural de Santa Maria (RS), Edmílson começou a fazer Jornalismo em 1995 e logo na sequência foi trabalhar no Jornal A Razão. Não demorou muito e em 1997 estava na RBS TV da sua cidade. Um ano depois continuou no grupo da Rede Brasil de Comunicação, mas em Florianópolis. 

Teve algumas experiências internacionais. Cobriu a despedida de Guga Kuerten no Torneio de Roland Garros, na França e no ano passado fez o Mundial de Vôlei no Catar. Na ocasião, produzia matéria para TV, para o rádio e escrevia para jornais. 

Tudo vai s e repetir no Campeonato Mundial de Futebol. Além disso, terá que abastecer o site Extracopa (http://wp.clicrbs.com.br/extracopa). O jornalista diz que um outro desafio dele e de outros integrantes da RBS na África é fazer algo particular, diferente. “Há sempre uma brecha para se fazer algo que fuja do trabalho apresentado pelas grandes empresas de comunicação, como é o caso da Rede Globo”.

terça-feira, 1 de junho de 2010

J.B. Telles: o titular das copas



 Ele vai para a sexta Copa do Mundo de Futebol. Passou pela Itália (1990), Estados Unidos (1994), França (1998), Coréia do Sul/Japão (2002) e Alemanha (2006). Agora está de malas prontas para a África do Sul. Em três oportunidades cobriu o campeonato pela Rede Brasil Sul de Comunicação, RBS, e desta vez vai representar a Associação Catarinense de Emissoras de Rádio e Televisão (Acaert).

Trata-se de J.B. Telles (foto ao lado), jornalista que no Continente Africano usará de sua experiência para fazer dois comentários diários sobre a seleção brasileira e adversários, bem como a respeito do clima que envolve o maior evento esportivo do planeta. Os comentários do catarinense, da cidade de Rio do Sul, estarão no site da Acaert (http://www.acaert.com.br/) à disposição de emissoras conveniadas: 106 rádios AM’s e 96 FM’s.

J. B. Telles esteve na noite de segunda-feira (31/05) no auditório do Tribunal de Contas, em Florianópolis, participando do projeto Papo de Jornalista, uma parceria entre Associação Catarinense de Imprensa, Acaert, Faculdade Estácio de Sá de Santa Catarina e Associação dos Cronistas Esportivos de Santa Catarina. J.B. Telles “bateu bola” com outros profissionais da comunicação que estarão, pela RBS, na Copa do Mundo: Roberto Alves e Edmílson Ortiz.

Jornalistas participam de evento sobre Copa do Mundo
 no dia 31/05, em Florianópolis.



Da Esquerda para direita: Ademir Arnon (ACI), Edmílson Ortiz
 (RBS), J.B. Telles (Acaert), Marise Westphal Hartke (Acaert), Roberto
Alves (RBS), Paulo Scarduelli (Estácio de Sá), Marcos Castiel (RBS).

segunda-feira, 31 de maio de 2010

A Era do Radioteatro





Chega em boa hora o livro “A Era do Radioteatro” (R$ 35,00), que leva a assinatura do professor universitário Roberto Salvador. A obra, com 340 páginas, relata as encenações radiofônicas no Rio de Janeiro com histórias , depoimentos e fotos de época, lembrando a contribuição de atores, produtores, roteiristas, sonoplastas, músicos e técnicos para este tipo de lazer e entretenimento, tão difundido, principalmente nos anos 1940, 1950 e 1960. O selo é da Gramma Editora (www.grammanet.com.br).

Esta obra se soma a algumas já existentes, a exemplo de “Bem Lembrado” (Raquel Grabauska e Mirna Spritzer), que fala sobre o radioteatro em Porto Alegre, e “O Que é Radioteatro” (Ricardo Medeiros), que traça um panorama do gênero desde os tempos do folhetins até a chegada das histórias em série no meio radiofônico.



Outra boa notícia é o anúncio da constituição do Núcleo de Radiodramaturgia das rádios Nacional e MEC, ligadas à EBC, Empresa Brasileira de Comunicação. Nesta parceria consta a SOARMEC – Sociedade de Amigos Ouvintes da Rádio MEC. Com a constituição do núcleo, a idéia é a produção e encenação de peças completas e radionovelas, com o apoio de diversas instituições, como escolas de teatro, grupos de teatro amador, comunitário e universitário.







sábado, 3 de abril de 2010

As pessoas têm gostos e votades




O rádio surge oficialmente nos anos 1920 e se torna a sensação das massas. Algum tempo depois, o veículo começa ser analisado com profundidade, nos anos 1940, pelo matemático, sociólogo e estudioso dos meios de comunicação, Paul Lazarsfeld. Ele fez uma pesquisa com sua equipe a respeito dos efeitos desta mídia sobre as pessoas. Ao contrário de outras opiniões, a conclusão geral foi que o meio de comunicação possuía um poder limitado.






Em relação ao radioteatro, ele chegou à posição que as radionovelas (soap-opera-em inglês) e as publicidades inseridas nelas não atingiam as pessoas como indivíduos sem gostos e vontades. Isto é, a persuasão e sedução emanadas do aparelho de rádio não tornavam as pessoas vítimas fatais.
Outra conclusão foi que os ouvintes não se interessavam todos da mesma forma pelas encenações. Havia pessoas que acompanhavam a dramaturgia todos os dias, enquanto que outras as ouviam apenas alguns dias da semana.
Os ouvintes também não se expunham da mesma maneira. Muitos ficavam “colados” ao rádio durante dois ou três períodos da jornada. Por outro lado, havia pessoas que decidiam ouvir novelas apenas em um período: manhã, tarde ou à noite.


Em se tratando de publicidade, no momento das novelas de rádio, é preciso dizer, conforme Lazarsfeld, que uma parte do público levava mais tempo que outros ouvintes para fazer escolhas entre os produtos e marcas anunciadas. As decisões levavam em conta igualmente a opinião de parentes e amigos que estivessem juntos acompanhando os folhetins eletrônicos.


Paul Lazarsfeld iniciou sua formação acadêmica na Universidade de Viena, na Áustria, onde obteve, em 1925, o título de doutor em matemática. No ano de 1933 ele foi morar nos Estados Unidos, quando assumiu a direção do Gabinete de Pesquisa Radiofônica na Universidade de Princeton.



Em 1940, Paul Lazarsfeld virou professor do departamento de sociologia da Universidade de Columbia, instituição na qual desenvolveu outras diversas pesquisas na área da comunicação. Entre os livros publicados por ele estão: The People’s Choice, Radio Listening in America e Voting.