segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Documentário sobre crack ganha Prêmio Unimed

Crack: perdas e danos foi o documentário de rádio vencedor do Prêmio de Jornalismo da Unimed, seção Santa Catarina, na categoria Destaque Acadêmico. O Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) foi produzido por Eliezer Camargo Alves, aluno da Faculdade Estácio de Sá (SC), sob orientação do professor Ricardo Medeiros. Em sua nona edição, o prêmio busca valorizar e estimular o tema Saúde na pauta dos veículos catarinenses e na área acadêmica.


O documentário Crack: perdas e danos narra histórias de dependentes em recuperação e como é o processo de tratamento. Aborda também as questões sociais que envolvem o tráfico e consumo da droga, bem como a origem e como o crack é feito. Mostra ainda que é possível livrar-se do vício, reconstruir a família e viver em abstinência. Além dos relatos dos adictos, foram ouvidos especialistas para esclarecer os aspectos científicos da dependência química.



Conforme Eliezer Camargo, tanto entre usuários quanto entre os médicos, a opinião é unânime: o crack é a pior das drogas já criadas. “Os danos causados pelo uso da pedra são irreparáveis, pois além de destruir a saúde e as relações sociais, estimula a violência e a criminalidade”, observa.



As formas de tratamento são variadas, porém poucas têm sucesso. A pedra, feita a partir da folha de coca, do arbusto Erythroxylum coca Lamarck, pode viciar o indivíduo logo no primeiro contato. Fumado em cachimbos improvisados ou misturado ao cigarro de maconha, causa dependência grave e escraviza crianças, jovens e adultos. Também não escolhe classe social e ultrapassa todas as barreiras culturais ou econômicas. É comum pessoas bem sucedidas serem vistas comprando ou consumindo a droga ao lado de moradores de rua.



O documentário descreve por meio de entrevistas, a triste realidade de dependentes que, em função do vício, perderam a dignidade, o caráter e a esperança. Passaram a viver longe do círculo familiar e sem as mínimas condições de conforto ou higiene. Faziam qualquer coisa para conseguir mais uma tragada. Quem escapou da prisão ou da morte tenta um recomeço longe da pedra cruel e avassaladora. Lutam para reconquistar o que perderam em um tratamento sem data para terminar.

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