quarta-feira, 29 de setembro de 2010
Maria Alice Barreto: calou-se a voz da Branca de Neve
Neste vídeo filha e neta dão depoimento sobre Maria Alice Barreto.
A voz da Branca de Neve calou-se no fim da tarde de ontem, terça-feira (28/09/10). Maria Alice Barreto morreu em Florianópolis, aos 78 anos de idade, vítima de falência múltipla dos órgãos. Como atriz de rádio, ela iniciou a carreira nas emissoras Guarujá e Diário da Manhã, na capital catarinense. Na segunda metade dos anos 50 foi para o Rio de Janeiro, onde integrou a equipe de radioteatro da Rádio Nacional. Maria Alice emprestou sua voz a diversos personagens como os da secretária, do seriado O Anjo, e de Aninha em Jerônimo - o herói do sertão. No campo da dublagem de desenho animado, além de interpretar a Branca de Neve, deu voz á princesa Aurora em a Bela Adormecida, e a cadela Prenda em 101 Dálmatas. Maria Alice Barreto tinha uma única filha, Miriam Barreto, que lhe deu os netos Louise e Leonardo. Era irmã de Alexandrino Barreto Neto e de Marina Barreto Cavallazzi.
terça-feira, 28 de setembro de 2010
Homenagem
Confira uma homenagem à Maria Alice Barreto, que morreu nesta terça-feira: http://migreme.net/pdb.
Morre a atriz de radioteatro Maria Alice Barreto
O velório da radioatriz Maria Alice Barreto está ocorrendo, desde às 21h30, na Capela B do Cemitério São Francisco de Assis, em Itacorubi, Florianópolis. Ela faleceu no final desta tarde vítima de falência múltipla dos órgãos. O enterro será nesta quarta-feira (29), às 11 horas da manhã.
Maria Alice Barreto, que fez muito sucesso nas emissoras de rádios de Florianópolis e na Rádio Nacional do Rio de Janeiro, havia ficado internada 20 dias na UTI do Hospital Celso Ramos. A sua saúde, já debilitada, havia piorado após ter quebrado o fêmur da perna esquerda, que é o osso mais longo do corpo, localizado na coxa.
Florianopolitana, a atriz tinha completado, no dia 12 de setembro, 78 anos. Possuía apenas uma filha, Miriam Barreto Trigo da Silva, que lhe deu os netos Loise e Leonardo. Por decisão própria, morava sozinha num prédio da Rua dos Ilhéus, no coração da cidade. Muito independente, conforme o vizinho, o jornalista Marcos Cardoso, “ela não queria ninguém cuidando dela e nem morar com a filha casada e netos”.
Carreira
Maria Alice Barreto entrou no mundo do radioteatro em 1946, aos 14 anos , época em que era fã das novelas da Rádio Difusora de São Paulo. De tanto insistir, sua mãe lhe arranjou um teste na Guarujá de Florianópolis. Sob os olhares de Gustavo Neves Filho, autor de novelas, leu um texto no ar e foi aprovada. Entre 1949-1950, já estava ensaiando para participar da primeira novela da emissora. Em Nuvem Negra em Céu Azul deveria interpretar o papel de uma criada, porém, no final dos ensaios foi designada para fazer o papel principal. “Na verdade nunca fiz ponta”, confessou. “Sempre fiz papel principal”. Na Guarujá ficou por cerca de cinco anos, onde fez também A Hora Infantil, substituindo o ator Pituca .
Neste período, tomou a iniciativa de escrever várias cartas para Otto Lara Resende, redator-chefe da Revista Manchete, na ainda capital federal. Queria a todo custo fazer carreira fora do estado. Mas Otto rebatia as missivas dizendo que ela não teria chances de emplacar no elenco carioca, ainda mais na Nacional, alvo da radioatriz.
Depois da Guarujá, Maria Alice foi para a Diário da Manhã, atual CBN Diário, onde ficou por cerca de 6 meses. A passagem meteórica pela RDM tinha uma explicação, pois a contragosto da família, ela resolveu, junto com uma irmã, embarcar para o Rio batendo à porta do redator da Manchete. Lá chegando, a especialíssima em papel de moça ingênua e voz de criança, insistiu para que Lara Resende a recomendasse para algumas emissoras. “Pelo menos para fazer teste”, disse ela.
Assim sendo, encenou esquetes na Nacional e na Mayrink Veiga. Passou nas duas. “Mas claro que eu optei pela Nacional, na época a maior rádio do Brasil ”. Esse teste na Nacional aconteceu em 15 de novembro de 1955. Na “poderosa” trabalhou com os autores Dias Gomes, Janete Clair, Oduvaldo Vianna, Giusepe Ghiarone , Mário Lago, Moysés Weltman e Álvaro Aguiar.
O papel de Aninha
Um dos papéis lembrados por Maria Alice é o da secretária de O Anjo, um milionário bonitão pronto para prender os malfeitores. Mas a personagem que a imortalizou no radioteatro da Nacional foi a Aninha, a namorada do mocinho em Jerônimo, o Herói do Sertão. Neste seriado, feito par atingir o público masculino, Mílton Rangel fazia o papel de Jerônimo e Cahuê Filho, o de moleque Saci.
Na Nacional, Maria Alice ficou até 1965. Depois fez trabalhos na Rádio Globo, como A Vida de Cada Um, e na Rádio MEC, no Projeto Minerva. No cinema se destacou na dublagem, em 1958, de A Bela Adormecida. Neste tipo de atividade ficou até 1978.
Maria Alice Barreto, que fez muito sucesso nas emissoras de rádios de Florianópolis e na Rádio Nacional do Rio de Janeiro, havia ficado internada 20 dias na UTI do Hospital Celso Ramos. A sua saúde, já debilitada, havia piorado após ter quebrado o fêmur da perna esquerda, que é o osso mais longo do corpo, localizado na coxa.
Florianopolitana, a atriz tinha completado, no dia 12 de setembro, 78 anos. Possuía apenas uma filha, Miriam Barreto Trigo da Silva, que lhe deu os netos Loise e Leonardo. Por decisão própria, morava sozinha num prédio da Rua dos Ilhéus, no coração da cidade. Muito independente, conforme o vizinho, o jornalista Marcos Cardoso, “ela não queria ninguém cuidando dela e nem morar com a filha casada e netos”.
Carreira
Maria Alice Barreto entrou no mundo do radioteatro em 1946, aos 14 anos , época em que era fã das novelas da Rádio Difusora de São Paulo. De tanto insistir, sua mãe lhe arranjou um teste na Guarujá de Florianópolis. Sob os olhares de Gustavo Neves Filho, autor de novelas, leu um texto no ar e foi aprovada. Entre 1949-1950, já estava ensaiando para participar da primeira novela da emissora. Em Nuvem Negra em Céu Azul deveria interpretar o papel de uma criada, porém, no final dos ensaios foi designada para fazer o papel principal. “Na verdade nunca fiz ponta”, confessou. “Sempre fiz papel principal”. Na Guarujá ficou por cerca de cinco anos, onde fez também A Hora Infantil, substituindo o ator Pituca .
Neste período, tomou a iniciativa de escrever várias cartas para Otto Lara Resende, redator-chefe da Revista Manchete, na ainda capital federal. Queria a todo custo fazer carreira fora do estado. Mas Otto rebatia as missivas dizendo que ela não teria chances de emplacar no elenco carioca, ainda mais na Nacional, alvo da radioatriz.
Depois da Guarujá, Maria Alice foi para a Diário da Manhã, atual CBN Diário, onde ficou por cerca de 6 meses. A passagem meteórica pela RDM tinha uma explicação, pois a contragosto da família, ela resolveu, junto com uma irmã, embarcar para o Rio batendo à porta do redator da Manchete. Lá chegando, a especialíssima em papel de moça ingênua e voz de criança, insistiu para que Lara Resende a recomendasse para algumas emissoras. “Pelo menos para fazer teste”, disse ela.
Assim sendo, encenou esquetes na Nacional e na Mayrink Veiga. Passou nas duas. “Mas claro que eu optei pela Nacional, na época a maior rádio do Brasil ”. Esse teste na Nacional aconteceu em 15 de novembro de 1955. Na “poderosa” trabalhou com os autores Dias Gomes, Janete Clair, Oduvaldo Vianna, Giusepe Ghiarone , Mário Lago, Moysés Weltman e Álvaro Aguiar.
O papel de Aninha
Um dos papéis lembrados por Maria Alice é o da secretária de O Anjo, um milionário bonitão pronto para prender os malfeitores. Mas a personagem que a imortalizou no radioteatro da Nacional foi a Aninha, a namorada do mocinho em Jerônimo, o Herói do Sertão. Neste seriado, feito par atingir o público masculino, Mílton Rangel fazia o papel de Jerônimo e Cahuê Filho, o de moleque Saci.
Na Nacional, Maria Alice ficou até 1965. Depois fez trabalhos na Rádio Globo, como A Vida de Cada Um, e na Rádio MEC, no Projeto Minerva. No cinema se destacou na dublagem, em 1958, de A Bela Adormecida. Neste tipo de atividade ficou até 1978.
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
Show Bar da Noite
"O "Coisas de Maria e João" fica em Sambaqui e é hoje o lugar com a melhor programação cultural da cidade, indiscutivelmente! O show "Bar da Noite" foi concebido p/ homenagear a 'Época de Ouro' das rádios em Florianópolis e pretende fazer uma releitura de um dos programas transmitidos pela Rádio Diário da Manhã nas décadas de 50 e 60 e que perfazia um 'piano-bar imaginário', onde a música era ao vivo, com a cantora Neide Mariarrosa como crooner, o pianista Aldo Gonzada e os melhores músicos, locutores e radialistas da época. "Bar da Noite" era produzido por Zininho. No repertório do "Bar da Noite", músicas da época: Ary Barroso, Noel Rosa, Cartola, Lupcínio Rodrigues, Caymmi, Dolores Duran, Tom, Vinícius e Zininho, claro! Será uma noite especialíssima.. Apareçam por lá!" (texto de Cláudia Barbosa, filha de Cláudio Alvim Barbosa, o poeta Zininho)
Hora : sexta às 22h / sábado às 17h
Localização: Estrada Geral de Sambaqui, nº 1172
Fone: (48) 3209-9562
Confiram um vídeo super legal em: http://migreme.net/m4f
Coluna Ponto Final
Jornal: Notícias do Dia
Data: 07/09/2010
Cidade: Florianópolis
Coluna: ponto Final
Colunista: Carlos Damião
Página: 27
Data: 07/09/2010
Cidade: Florianópolis
Coluna: ponto Final
Colunista: Carlos Damião
Página: 27
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
Documentário sobre crack ganha Prêmio Unimed
Crack: perdas e danos foi o documentário de rádio vencedor do Prêmio de Jornalismo da Unimed, seção Santa Catarina, na categoria Destaque Acadêmico. O Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) foi produzido por Eliezer Camargo Alves, aluno da Faculdade Estácio de Sá (SC), sob orientação do professor Ricardo Medeiros. Em sua nona edição, o prêmio busca valorizar e estimular o tema Saúde na pauta dos veículos catarinenses e na área acadêmica.
O documentário Crack: perdas e danos narra histórias de dependentes em recuperação e como é o processo de tratamento. Aborda também as questões sociais que envolvem o tráfico e consumo da droga, bem como a origem e como o crack é feito. Mostra ainda que é possível livrar-se do vício, reconstruir a família e viver em abstinência. Além dos relatos dos adictos, foram ouvidos especialistas para esclarecer os aspectos científicos da dependência química.
Conforme Eliezer Camargo, tanto entre usuários quanto entre os médicos, a opinião é unânime: o crack é a pior das drogas já criadas. “Os danos causados pelo uso da pedra são irreparáveis, pois além de destruir a saúde e as relações sociais, estimula a violência e a criminalidade”, observa.
As formas de tratamento são variadas, porém poucas têm sucesso. A pedra, feita a partir da folha de coca, do arbusto Erythroxylum coca Lamarck, pode viciar o indivíduo logo no primeiro contato. Fumado em cachimbos improvisados ou misturado ao cigarro de maconha, causa dependência grave e escraviza crianças, jovens e adultos. Também não escolhe classe social e ultrapassa todas as barreiras culturais ou econômicas. É comum pessoas bem sucedidas serem vistas comprando ou consumindo a droga ao lado de moradores de rua.
O documentário descreve por meio de entrevistas, a triste realidade de dependentes que, em função do vício, perderam a dignidade, o caráter e a esperança. Passaram a viver longe do círculo familiar e sem as mínimas condições de conforto ou higiene. Faziam qualquer coisa para conseguir mais uma tragada. Quem escapou da prisão ou da morte tenta um recomeço longe da pedra cruel e avassaladora. Lutam para reconquistar o que perderam em um tratamento sem data para terminar.
O documentário Crack: perdas e danos narra histórias de dependentes em recuperação e como é o processo de tratamento. Aborda também as questões sociais que envolvem o tráfico e consumo da droga, bem como a origem e como o crack é feito. Mostra ainda que é possível livrar-se do vício, reconstruir a família e viver em abstinência. Além dos relatos dos adictos, foram ouvidos especialistas para esclarecer os aspectos científicos da dependência química.
Conforme Eliezer Camargo, tanto entre usuários quanto entre os médicos, a opinião é unânime: o crack é a pior das drogas já criadas. “Os danos causados pelo uso da pedra são irreparáveis, pois além de destruir a saúde e as relações sociais, estimula a violência e a criminalidade”, observa.
As formas de tratamento são variadas, porém poucas têm sucesso. A pedra, feita a partir da folha de coca, do arbusto Erythroxylum coca Lamarck, pode viciar o indivíduo logo no primeiro contato. Fumado em cachimbos improvisados ou misturado ao cigarro de maconha, causa dependência grave e escraviza crianças, jovens e adultos. Também não escolhe classe social e ultrapassa todas as barreiras culturais ou econômicas. É comum pessoas bem sucedidas serem vistas comprando ou consumindo a droga ao lado de moradores de rua.
O documentário descreve por meio de entrevistas, a triste realidade de dependentes que, em função do vício, perderam a dignidade, o caráter e a esperança. Passaram a viver longe do círculo familiar e sem as mínimas condições de conforto ou higiene. Faziam qualquer coisa para conseguir mais uma tragada. Quem escapou da prisão ou da morte tenta um recomeço longe da pedra cruel e avassaladora. Lutam para reconquistar o que perderam em um tratamento sem data para terminar.
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