Primeiro presidente da FENAJ eleito pelo voto direto da categoria (1983), além de longa trajetória na imprensa brasileira, Audálio Dantas foi deputado federal pelo MDB paulista (1978/82), mancando seu mandato pela defesa da liberdade de imprensa. Atualmente preside a Comissão Nacional da Verdade dos Jornalistas, é diretor-executivo da revista Negócios da Comunicação (SP), da Editora Segmento MC, e membro do Conselho Consultivo do Ranking J&Cia – Os Mais Premiados Jornalistas Brasileiros.
Audálio Dantas assumiu a presidência do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo em 1975. Em 29 de outubro daquele ano, denunciou a morte sob tortura do jornalista Vladimir Herzog no DOI-CODI, contrapondo-se à versão oficial das autoridades militares de que Vlado teria se suidicado. Por sua ação incisiva neste e em outros casos constituiu-se num dos ícones da resistência à ditadura militar daquele período.
Entre as diversas obras produzidas por Audálio Dantas, muitas originaram-se de grandes reportagens depois convertidas em livros, como “O Circo do Desespero” (Símbolo, 1976), “Tempo de Luta – Reportagem de uma atuação parlamentar” (Independente, 1981) e “O Chão de Graciliano” (Tempo d’Imagem, 2007). O livro “As Duas Guerras de Vlado Herzog“ (Civilização Brasileira, 2013), que será lançado na ALESC no dia 10 de setembro, conta como o jornalista foi vítima dos nazistas na Iugoslávia, nos anos 1940, e das forças de repressão da ditadura militar brasileira em 1975.